top of page
  • Foto do escritorGeoAmbiental Jr.

A pegada de carbono da Copa


Eventos de grandes proporções que atraem o mundo todo, como a Copa do mundo, podem ser responsáveis por deixar um legado conciso na história, e é isso que o evento de 2022 vai buscar, a partir de várias ações sustentáveis, planejamento estratégicos e logísticas estruturadas com a finalidade de deixar um legado de zero emissões de carbono.


Ao contrário das edições anteriores, onde a mobilização de um país inteiro, com deslocamento de pessoas entre os estados, inúmeras reformas, construções de estádios e infraestrutura. Todo o resíduo gerado pelos próprios espectadores acabavam por deixar um legado negativo com a pegada de carbono, além de todo o resíduo do não aproveitamento das estruturas construídas para o evento, como no Brasil, onde há vários estádios construídos para a Copa de 2014 e que atualmente são considerados como ‘elefantes brancos’, onde por não haver um campeonato consolidado os estádios se encontram em subutilização.


Uma das propostas apresentadas para a Copa do Catar envolve um planejamento prévio na utilização das construções, que foram consolidadas em um mesmo raio de distância, tendo a logística do deslocamento em massa reduzida, aliados com a utilização de transportes coletivos como o metrô, evitando também novas construções de infraestruturas como hospedagens, áreas de treinamento e aeroportos nas diversas localidades, concentrando os esforços na região de Doha e ligando as cidades-sedes.


Outra iniciativa inovadora adotada diz respeito a estratégia de utilização posterior dos estádios, que serão incorporados com novas utilizações após o evento, evitando a subutilização dos mesmos (como na construção do primeiro estádio totalmente desmontável). A proposta já foi cotada, como nas olimpíadas realizadas no Rio de Janeiro, onde a utilização das pistas de atletismo e piscinas de natação, por exemplo, após os jogos seriam utilizadas para a criação de projetos de incentivo ao esporte, o que ainda não ocorreu.


Estádio Ras Abu Aboud, o primeiro 100% desmontável



Copa 100% neutra em emissões de carbono

A pegada de carbono está sempre presente e em proporções relativas ao tamanho do evento, interferindo no microclima da região (dependendo das proporcionalidades e impactos que gerados). Para a Copa, o objetivo é ter, ao final da equação de gastos e ganhos, a emissão de gases do efeito estufa zerados.


Para isso, foram utilizados resíduos de construção de outros estádios para a construção dos novos; será priorizada a utilização de energia passiva para o maior aproveitamento da luz solar, evitando um maior consumo de energia elétrica; os estádios serão eficientes para o consumo de água e energia elétrica; a climatização e o material que compõem as construções estão alinhados com a sazonalidade do clima local; será priorizada a utilização de ônibus elétricos; será reduzida a produção de resíduos; serão incentivadas iniciativas de reciclagem; foi construído um viveiro de mudas para o plantio destas no futuro; foi construída uma usina de energia elétrica fotovoltaica de 10 km2 com potencial de geração de 800MW, com previsão para suprir 10% da demanda do país.


Imagens representando a dimensão da Fazenda Solar localizada no Catar


Contudo, é importante ressaltar que as emissões de carbono, mesmo que previstas e calculadas por especialistas, não possuem uma estimativa totalmente confiável, visto que há inúmeras variáveis e pessoas a serem consideradas. Diversos cenários podem ser passíveis dados que a Copa ainda não ocorreu, mas a premissa é dada com o objetivo de deixar um legado positivo com relação à sustentabilidade, servindo como ponto inicial de partida para iniciativas do desenvolvimento sustentável à nível global, bem como com as estruturações e a usina de energia fotovoltaica para as cidades do Catar.



Fontes:


0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page