Em dezembro de 2010, a Fifa decidiu em apenas um congresso as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 com a Rússia e o Qatar levando a melhor, respectivamente. Contudo, a escolha da anfitriã da Copa de 2022 levantou outro ponto a ser debatido: o forte calor no meio do ano. Autoridades do país até prometeram estádios climatizados, mas ainda assim, com temperaturas médias de 43ºC, podendo chegar até a 50ºC, nos meses de junho e julho, quando são geralmente realizados os jogos, somente a climatização não resolveria o problema.
Em dezembro de 2010, a Fifa decidiu em apenas um congresso as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022 com a Rússia e o Qatar levando a melhor, respectivamente. Contudo, a escolha da anfitriã da Copa de 2022 levantou outro ponto a ser debatido: o forte calor no meio do ano. Autoridades do país até prometeram estádios climatizados, mas ainda assim, com temperaturas médias de 43ºC, podendo chegar até a 50ºC, nos meses de junho e julho, quando são geralmente realizados os jogos, somente a climatização não resolveria o problema.
Para esportes competitivos que demandam um alto rendimento, situações extremas como o calor e a sensação de abafamento deste período não são nenhum pouco benéficos para o melhor desempenho, oferecendo risco também aos turistas, jornalistas e demais pessoas que prestigiaram o evento, que acabam por serem suscetíveis a quadros de insolações graves.
Atletas de várias nacionalidades não necessariamente atuam em seu país natal, tendo muitas vezes que passar por um processo de adaptação até conseguir atingir o melhor rendimento e para um evento que ocorre, para muitos, em um clima diferente daquele que se está habituado, só acaba por acentuar o problema da sensação térmica e limita extremamente o grande espetáculo que é sempre visualizado mundialmente. Se nem os próprios moradores conseguem se acostumar com o clima, como os atletas conseguiriam em apenas alguns dias antes? (que é quando geralmente as delegações chegam ao país sede).
Portanto, tendo em vista esse cenário climático extremo no período que usualmente ocorrem os jogos da Copa do Mundo, o evento ocorrerá na época de inverno do Catar, tendo data de abertura para 21 de novembro e de encerramento 18 de dezembro, onde as temperaturas são mais amenas (aproximadamente 26ºC) como em um local com clima tropical em sua época de calor, mas ainda sim podendo atingir temperaturas de 30ºC. Outro fator igualmente importante seria as condições atmosféricas como a sensação de abafamento que seria amenizada, mas não tendo a secura característica do inverno (principalmente por se tratar de clima desértico) e a velocidade dos ventos, onde as fortes rajadas são denominadas de “El Chamal” e causam as tempestades de areia.
Contudo, mesmo com a mudança na data do evento, as autoridades do Catar ainda estão investindo em outras formas de manter as temperaturas amenas durantes os jogos e evitar problemas ocasionados por picos de temperaturas que podem ocorrer mesmo no inverno. A iniciativa inclusive é tida como inovadora, contemplando alta sustentabilidade nos processos de funcionamento e uma base de energias renováveis (com a energia solar majoritariamente). Em Doha, capital do Catar, o estádio que está sendo construído já é tido como “o primeiro estádio do mundo a ser capaz de resfriar uma área tão aberta, com um combustível limpo como a energia solar” (Fenwick Iribarren Architects).
Ainda há outras ações sustentáveis que estão sendo desenvolvidas no país para a realização da copa, como:
55% dos materiais usados no projeto do estádio vêm de fontes sustentáveis;
28% dos materiais de construção têm conteúdo reciclado;
espécies de plantas nativas e tolerantes à seca sendo usadas em 75% da paisagem;
transporte estratégico para diminuir a emissão de gases do efeito estufa;
faixas exclusivas para bicicletas.
Sendo considerada inclusive como a primeira Copa sustentável da história!!
Fontes: