A geologia subdivide os estratos ou camadas rochosas em unidades, e no caso da região do Pontal do Paranapanema, esta subdivisão dos aflorantes se inicia em uma porção maior que abrange as rochas sedimentares e ígneas da bacia do Paraná, de idade Mesozóica, e depósitos sedimentares recentes, de idade Cenozóica, após se restringindo a classificação denominada de Grupo Bauru (na porção oeste do estado de São Paulo), e por fim é classificado na subdivisão da Formação Adamantina, como pode ser observado na imagem abaixo.
A Bacia do Paraná é composta por uma estrutura tectônica estável, estando inserida na placa Sul-americana e se tratando, portanto, de uma bacia intracratônica desenvolvida sobre a superfície do continente americano, no tempo geológico que abrange os períodos Mesopaleozóico ao Cenozóico. A sua estrutura compreende uma área de 1,5 milhões Km2, incluindo a Argentina, Uruguai e Paraguai, além do Brasil, onde possui um total de 820.000 km², abrangendo 6 estados brasileiros e o Distrito Federal.
O grupo Bauru possui rochas com composição predominante de sedimentos compostos principalmente de minerais de silicato, como quartzo ou minerais de argila, que foram depositados na porção continental da placa tectônica Sul-americana. Com relação à composição das rochas, estas são caracterizadas por arenitos, arenitos argilosos, carbonáticos ou não, siltitos, lamitos e argilitos, apresentando localmente conglomerados e camadas calcárias. Seu relevo é profundamente irregular e a espessura da camada de depósito pode chegar a 200 metros, tendo as maiores espessuras ocorrendo nas regiões mais altas entre os grandes rios, como entre os rios São José dos Dourados e do Peixe.
A formação Adamantina é composta por arenitos finos e muito finos (melhor “selecionados”), siltitos arenosos e arenitos finos argilosos, que possuem como elemento principal da sua composição o quartzo, considerado inclusive o segundo mineral mais abundante do planeta (pertencente à classe mineral dos silicatos). A porção onde se encontra esta formação possui uma estrutura de hidrodinâmica com predominância de rios de grande porte, sendo considerada como a parte com maior energia da região geológica.
Fontes:
[1] Geologia - SigRH
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