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Foto do escritorGeoAmbiental Jr.

Inundações no Pernambuco

No dia 25 de Maio de 2022, ocorreu uma tragédia provocada por chuvas e deslizamentos de barreiras, ultrapassando a de 1975, porém não superando a inundação de 1966 considerado o maior desastre de Pernambuco. Ela deixou aproximadamente 93 mortos na cidade de Recife, com mais de 20 pessoas desaparecidas e mais de 6 mil desabrigados. Em comparação com 1975, o Rio Capibaribe transbordou e 25 municípios banhados por ele foram atingidos, ao contrário da tragédia ocorrida em maio onde muitas pessoas morreram por contaminação de água e por afogamento.



Atualmente, metade ou mais da metade somente por movimento de massa, relacionada aos morros e encostas. Tal tragédia, poderia ser muito pior se não tivesse as barragens do Carpina e a do Goitá (localizadas no Rio Capibaribe), não segurassem. Essas barragens estão transbordando, mas não se romperam.



O que aconteceu foi que as áreas rebaixadas dos rios eram mais ocupadas, mas a população foi retirada passando a ocupar as regiões dos morros e encostas, tornando-se retrato da falta de planejamento urbano. Outro ponto é a ausência de planejamento e política de habitação, que leva ao alagamento de inundação, em que muitas vezes, essas áreas não são fiscalizadas pela prefeitura. Portanto, há necessidade de conscientizar a população sobre as áreas em que vivem e a montagem de um plano de gestão pelo estado.



Inundações são fenômenos naturais que podem ser intensificados por práticas antrópicas nas cidades. As inundações quando são de causas naturais, o rio perene (rio que nunca seca durante o ano), um menor e principal onde a água fica na maior parte do tempo, e um maior e complementar que é inundado em períodos de cheia. Quando são de causas antrópicas, ocorrem inundações e enchentes.


Existem diversos casos, onde se tem casos extremos porém menos comuns, como rompimento de Barragens e diques, o que gera sérios danos à sociedade. E quase sempre ligada, a má distribuição do espaço na sociedade. Outro problema é o elevado índice de poluição, causado pela ausência de educação ambiental por parte da população e quanto pela ineficiência da coleta de resíduos ou da distribuição de lixeiras pela cidade. Ocorrendo também o entupimento de bueiros, por parte de empresas e outros órgãos.


As enchentes podem estar ligadas a problemas no sistema de drenagem, podendo não ter bueiros ou outras construções que seriam responsáveis pela contenção ou desvio da água que corre para os rios, provocando a cheia deles. Além disso, somente a construção de bueiros e os sistema de drenagem podem não ser suficientes, pois as outras ações antrópicas podem elevar gradualmente a vazão das enxurradas ao longo dos anos.



Outro ponto é a questão da ocupação irregular ou desordenada do espaço geográfico, em que essas áreas, muitas vezes causada pela falta de planejamento regular, estão sujeitas a inundações. Além disso, a vegetação do entorno do rio tem papel fundamental, pois ela retém parte dos sedimentos que vão para o leito e elevam o nível dos rios.



Apesar dos problemas apresentados acima, o problema das inundações é a impermeabilização do solo. Por conta da pavimentação das ruas e a cimentação de calçadas e quintais, a maior parte da água que deveria infiltrar no solo, escorre na superfície provocando aumento das enxurradas e a elevação dos rios. E também essa impermeabilização, leva a elevação da velocidade desse escoamento acarretando a erosões e outros problemas ambientais.


Para evitar esse tipo de problema, utilizando medidas como:

  • Construção de sistemas eficientes de drenagem;

  • Desocupação de áreas de risco;

  • Criação de reservas florestais nas margens dos rios;

  • Diminuição dos índices de poluição e geração de lixo;

  • Planejamento urbano mais consistente.



 


FONTES:



[2] https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2022/05/30/tragedia-provocada-por-chuvas-e-deslizamento-de-barreiras-e-o-maior-desastre-de-pernambuco-do-seculo-21-dizem-especialistas.ghtml



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