O mico leão preto é conhecido cientificamente como Leontopithecus chrysopygus, pertencente à família Cebidae e a subfamília Callitrichinae. É um animal nativo do Brasil, encontrado no extremo oeste de São Paulo, na região conhecida como Pontal do Paranapanema e atualmente, a espécie está criticamente ameaçada de extinção. Diante disso, foi criada uma área de preservação especial para a espécie: o Parque Estadual Morro do Diabo em Teodoro Sampaio. Desde então, outras unidades de conservação foram criadas também como as Estações Ecológicas Caetetus, de Angatuba.
Ademais, como curiosidade dos micos-leões-pretos, podemos afirmar que:
São primatas de pequeno porte;
Pesa cerca de 600 gramas quando adultos;
Possuem a pelagem predominante preta com tons alaranjados na região lombar e cauda, há uma abundância ao redor da cabeça como uma juba, por isso recebe esse nome;
Vivem em grupos de 2 a 8 indivíduos e não existe diferença entre machos e fêmeas, cada grupo é composto por uma fêmea dominante e um a dois machos reprodutivos, a fêmea geralmente dá à luz a dois filhotes, uma vez ao ano, após uma gestação de aproximadamente 4 meses, assim, os demais integrantes do grupo auxiliam no cuidado parental até que o filhote possa se locomover sozinho;
Os micos se comunicam entre si, emitindo diversos tipos de sons, tanto para os membros do próprio grupo, como de grupos vizinhos;
Alimentam-se basicamente de invertebrados, frutos, sementes, flores e pequenos vertebrados como rãs, lagartixas e filhotes de aves;
Em relação ao habitats, costumam dormir à noite em buracos ocos dos troncos das árvores e por serem animais territoriais, cada grupo utiliza uma área que pode variar de 40 a 400 hectares.
Devido à espécie estar em situação criticamente ameaçada, pesquisas científicas sobre o comportamento e a saúde da espécie garantem a sobrevivência dos micos a longo prazo. O IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas é o responsável por dados científicos que são utilizados na composição de políticas públicas para a proteção desse animal. Outra ação relevante para a conservação do mico-leão-preto, foi a realização do maior corredor ecológico do Brasil. Essa iniciativa do IPÊ foi justamente conectar duas grandes áreas florestais na região do Pontal do Paranapanema, a ESEC-MLP - Estação Ecológica Mico-leão-preto e o Parque Estadual Morro do Diabo. Diante disso, com 2,7 milhões de árvores nativas, o corredor tem cerca de 20 quilômetros de extensão e é uma estratégia para que os animais possam transitar em uma área mais ampla, aumentando as chances de abrigo, alimentação e reprodução.
Referências Bibliográficas:
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