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  • Foto do escritorGeoAmbiental Jr.

Ondas de calor

Uma onda de calor corresponde a um período de alguns dias com temperaturas máximas superiores à média usual para a época, ocorrendo principalmente em períodos de estiagem. A época do ano onde há as maiores temperaturas corresponde ao verão, onde na Europa há locais que atingem temperatura acima de 40ºC, mas variando em uma média de 30ºC. Contudo, com os adventos que se iniciaram na Revolução industrial (onde a temperatura média global já aumentou mais de 1ºC desde o período de pré-industrialização) e o excesso de gases (principalmente monóxido, dióxido de carbono e os CFC’s), as temperaturas máximas estão atingindo níveis nunca vistos antes, como o que está ocorrendo neste ano (2022) na Europa. O evento foi denominado de “Onda de calor” que recebeu inclusive um nome próprio, “Zoe”.



ZOE

A “Zoe” vem deixando, além dos problemas de saúde ocasionados pelas altas temperaturas, focos de incêndios por todo o continente, em especial no Noroeste da Espanha, onde o termômetro marcou 47ºC e duas pessoas morreram por conta de incêndios florestais, que ocorreram também em Portugal, na Grécia e França, onde foi emitido um alerta de calor extremo. Diversos recordes de temperatura foram quebrados, como na região de Londres, que pela primeira vez atingiu a casa dos 40ºC com 40,2ºC no aeroporto de Heathrow.


Para aqueles que moram em regiões próximas aos trópicos, as ondas de calor não costumam afetar tanto a saúde destas pessoas, contudo, para os que residem em regiões de clima temperado. Como o Europeu, onde a média de temperatura gira em torno de 4ºC durante todo o ano, sendo acometidos com maior intensidade. Assim como aqui no Brasil, onde os moradores não estão preparados para períodos de baixas temperaturas, visto que regiões em geral com clima frio não possuem estrutura para amenizar o calor, onde somente 3% dos domicílios possuem ar-condicionado.



BRASIL

O último verão no Brasil também trouxe consigo alguns dados históricos. O Rio Grande do Sul, por exemplo, registrou 15 dias consecutivos em que as máximas alcançaram 40ºC, situação que nunca havia ocorrido (segundo dados) desde o início das medições em 1909 no estado. Uma das cidades do Rio Grande do Sul que atingiu sua máxima histórica, foi a cidade de Uruguaiana, que registrou no dia 27 de fevereiro a temperatura de 42,6ºC.



COMO FICAM OS PRÓXIMOS VERÕES?

A probabilidade de haver calor extremo na Europa aumentou em dez vezes por causa das mudanças climáticas, devido ao aquecimento global que influencia diretamente no aumento da temperatura do planeta, acarretando assim. Em ondas de calor recorrentes entre os anos e cada vez mais intensas, associados com períodos dos verões com uma estiagem mais duradoura e mais seca.


Neste ano, em 2022, por exemplo, o mundo está passando pelo fenômeno La Niña, que acaba por intensificar o risco de déficit de precipitação, favorecendo verões mais quentes e ondas de calor intensas, sendo este o período mais quente da história dos últimos 125 mil anos, de acordo com o órgão de ciência climática da ONU, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).


A ONU afirma que todo o globo precisa reduzir as emissões de CO2 a fim de evitar que a temperatura média aumente em 1,5ºC, mas o cenário atual não é favorável para esta meta, uma vez que as matrizes de energia aumentaram em 6% as emissões de CO2, com o maior nível de emissão da história! Para que a meta estabelecida no mundo seja atingida, as emissões precisam cair em, no mínimo, 43% até o final desta década, de acordo com o IPCC, ou seja, o mundo teria que reduzir as emissões líquidas anuais a zero até 2050, um cenário incerto, visto que ainda não há tecnologias eficientes para extrair CO2 da atmosfera.


Fontes:


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