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Foto do escritorGeoAmbiental Jr.

Série Produção Mais Limpa: Indústria de transformação e reciclagem de materiais plásticos

Seguindo a nossa série sobre produção mais limpa, que foi iniciada no Facebook, mostrando os impactos ambientais e teve continuidade no nosso blog apresentando as soluções para as indústrias de refrigerante e cervejeira. No texto de hoje nós vamos apresentar as soluções para as indústrias de transformação e reciclagem de materiais plásticos, visto que os impactos ambientais já estão disponíveis na nossa página do facebook.


O setor de transformação de material plástico é a última etapa na cadeia petroquímica, é onde ocorre a transformação da resina termoplástica (grânulo/ pellet) em produtos plásticos para as mais variadas aplicações, desde embalagens para alimentos, itens de construção civil, peças automotivas e produtos hospitalares. As características do material plástico faz com que eles sejam utilizados em praticamente todas as atividades econômicas, estando presentes no dia a dia de todas as pessoas.


No Brasil o consumo médio de plástico anual por habitante é cerca de 30 kg e a tendência é que esse valor aumente, visto que em países europeus e no Estados Unidos, esse consumo gira em torno de 100 kg/hab. Estes dados comprovam que o Brasil ainda está em um mercado crescente para a utilização de plásticos.


E para minimizar os impactos negativos do processo de produção, a CETESB elaborou 22 formas de reduzir os problemas causados ao meio ambiente, que foram chamadas de Oportunidades de Produção Mais Limpa (OP+L) e são apresentados no manual ambiental disponibilizado pela companhia.

Entre as soluções encontradas para os problemas causados, que são o consumo de água, de energia elétrica e de matéria prima de origem fóssil, além da geração de resíduos sólidos, efluentes líquidos e os gases, podemos encontrar principalmente a substituição dos equipamentos mais antigos, por outros mais modernos.


Mas sendo mais específico, uma forma de reduzir muito o gasto de energia é utilizando mantas térmicas nas zonas aquecidas de equipamentos como os “cilindros” e “canhões” das injetoras, sopradoras e extrusoras, ajuda a diminuir a perda de calor para o ambiente, reduzindo em torno de 25% o consumo de energia elétrica para se manter e uniformizar a temperatura do sistema, facilitando seu controle.


Em relação as matérias primas utilizadas, que muitas vezes são disponibilizadas em embalagens de 20 a 30 kg, recomenda-se optar pela utilização de embalagens maiores, como tambores e big bags retornáveis (na faixa de 500 a 1.200 kg), obtém-se como resultado uma diminuição considerável na perda de matéria-prima (normalmente ocasionada por vazamentos em embalagens mais frágeis), além da diminuição da geração de resíduos sólidos, como sacarias (ráfia, plástico e papel) e da facilitação do transporte da matéria-prima, evitando o esforço físico do trabalhador e a ocorrência de doenças ocupacionais.


Uma forma de reduzir consideravelmente a quantidade de água utilizada é fazendo o aproveitamento da água da chuva que após tratamentos simples, essa água poderá ser usada no processo produtivo em várias das suas etapas, como no resfriamento de moldes metálicos, nas banheiras de resfriamento, para lavagem de material pós-consumo etc. Trata-se de usos em que há contato indireto para o ser humano; eventualmente, as águas pluviais poderão, também, depois do devido tratamento e avaliação, ser utilizadas nos sanitários e vestiários.


Além disso, também podem ser usadas na rega de jardins e lavagem de veículos, dentre outros usos. A estimativa de redução no consumo de água, tanto tratada como de fonte própria, poderá atingir patamares de até 50%.

Lembrando que todas as informações do texto foram retiradas da série P+L elaborada pela CETESB.


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