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  • Foto do escritorGeoAmbiental Jr.

Série Produção mais Limpa: Soluções para Frigoríficos, industrialização de carne bovina e suína

O post de hoje sobre Produção mais Limpa é uma sequência da nossa série iniciada no Facebook, mostrando os problemas causados pelas principais indústrias e para ter acesso aos outros texto acesse nossa página do facebook e o nosso blog, mostrando as soluções que essas empresas podem adotar para diminuir o impacto ambiental. Lembrando que todas as informações utilizadas nessa série são retiradas da CETESB.


No texto de hoje, o nosso foco é mostrar quais atitudes os frigoríficos bovinos e suínos podem adotar para ter uma produção mais limpa, visto que o Brasil possui um dos maiores rebanhos bovinos do mundo, com cerca de 198,5 milhões de cabeças contabilizados em 2006 pelo Cadastro Nacional de Peritos Contábeis (CNPC), ou seja, mais de um bovino por habitante. As maiores regiões produtoras estão localizadas no Centro-Oeste (com 34,24%) seguida pelo Sudeste (com 21,11%). Em relação a carne suína, o Brasil é o 4° maior produtor do mundo e também o 4° maior exportador.


O setor pode ser dividido em 3 principais etapas, a primeira é o abatedouro (ou matadouro), o segundo são os frigoríficos que podem ou não realizar o abate e por fim as graxarias. Em cada uma dessas etapas é realizado uma atividade específica com a carne que será industrializada e com os restos (gordura, vísceras, ossos). Mas o objetivo será voltado para os frigoríficos que não realizam o abate animal.


De forma geral, as estratégias de P+L para os frigoríficos têm como objetivo coletar e separar todo material orgânico secundário (que não seja produto direto), gerado ao longo do processo produtivo, da forma mais abrangente e eficiente possível, evitando que se juntem aos efluentes líquidos, e maximizar o seu aproveitamento ambientalmente adequado, com o menor uso possível de insumos e recursos (água, energia, etc.).


Em relação ao consumo elevado de água, que é utilizada para limpeza, esterilização, descongelamento, lavagem das carnes, geração de vapor, entre outros. É recomendado utilizar técnicas de limpeza à seco, antes de qualquer lavagem com água e quando for utilizar a água, uma forma de reduzir o desperdício é usando um sistema de alta pressão e baixo volume. Em relação a água para resfriamento de carne cozida, utilizar um circuito fechado pode ser a melhor opção.


Para reduzir o consumo de energia, pode ser adotada algumas medidas como a implementação de programas que realizam o desligamento automático de interruptores elétricos associados a sensores para desligar luzes e equipamentos quando não estão sendo usados. Um outro ponto importante é isolar termicamente as tubulações de aquecimento e de refrigeração. Além disso, a utilização de fontes alternativas de energia como a biomassa e o biogás podem reduzir significativamente o consumo da energia convencional.


Para os resíduos sólidos, assim como para a água e energia, é necessário medir a quantidade gerada, fazendo a separação, acondicionamento, quantificação de forma adequada e com certa rotina para que os dados sejam precisos. Com isso, a orientação mais básica de P+L é praticar os 3R’s, de forma cíclica ou periódica, seguindo esta ordem: 1º Reduzir a geração de resíduos (nos processos produtivos e operações auxiliares); 2º Reusar os resíduos “inevitáveis” (aproveitá-los, sem quaisquer tratamentos); 3º Reciclar os resíduos “inevitáveis” (aproveitá-los após quaisquer tratamentos necessários).


Ainda assim, os resíduos que sobrarem devem segregados, coletados, acondicionados e destinados adequadamente, de acordo com normas técnicas e com a legislação ambiental.


No caso de frigoríficos, reusos, reciclagens e disposição final de resíduos sólidos são as ações mais comuns. Muitos resíduos encontram utilização e aproveitamento, como aqueles processados nas graxarias. Portanto, uma das ações básicas é maximizar o aproveitamento ambientalmente adequado dos resíduos, sempre buscando alternativas para isto. Desta forma, minimiza-se os impactos ambientais destes resíduos e pode-se diminuir o custo de seu gerenciamento.

As emissões atmosféricas dos frigoríficos são causadas, em geral, pelos processos de combustão, sendo neste caso recomendado cuidados com esta operação e utilizar fontes de energia mais limpa como o gás natural ao invés óleos combustíveis. Já o odor, geralmente, está relacionado à putrefação ou degradação bioquímica de matéria orgânica, e tem estreita correlação com a gestão de materiais, produtos, resíduos e efluentes, por isso devem ser armazenados em local com boa vedação e pelo menor tempo possível.


E para reduzir os ruídos, em geral, é necessário trocar os equipamentos por outros mais silenciosos, mas também podem ser feitos instalações com barreiras acústicas e mantê-los de forma mais afastada possível das comunidades ao redor. Além da manutenção ser feita periodicamente, evitando os desgastes.

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