Definição
Os serviços ecossistêmicos podem ser descritos como o benefício que o ecossistema trás para o ser humano, ou seja, prestado em favor do homem, e pode ser denominado pela sigla SE. Partindo de outra visão, ao entender o ser humano como pertencente a um ecossistema, os serviços ecossistêmicos passam a ser a interação entre os elementos deste ecossistema, onde favorecem o bem-estar humano e auxiliam diretamente em algumas atividades econômicas vitais.
Mas o que são os ecossistemas?
Compreendem uma localidade que abriga a natureza, mas de modo mais específico pode ser classificado (de acordo com a Convenção de Diversidade Biológica (CDB)), como um “complexo dinâmico de comunidades de plantas, animais e microrganismos e seu ambiente não-vivo, como a água e o solo, interagindo como uma unidade funcional”. Sendo ainda subdivididos em terrestres, marinhos, interiores ou litorâneos; naturais ou modificados por ação antrópica; e de acordo com a escala, que abrange desde regiões locais como globais. Dentre os ecossistemas terrestres, temos as florestas, desertos, campos e savanas, por exemplo, e para os ecossistemas aquáticos, os rios, mares, oceanos e lagos.
Classificação dos serviços
Provisão: os produtos que são obtidos diretamente da natureza, não necessitando da ação antrópica atuando diretamente para a disponibilidade. Exemplos desses serviços são os alimentos, a água, a madeira e o mel.
Regulação: são dados os benefícios obtidos pela regulação do ambiente proporcionada pelos ecossistemas e/ou seres vivos. Os principais serviços prestados nesta categoria incluem a regulação climática (em especial do microclima regional), melhora na qualidade do ar, controle de processos erosivos, controle biológico (por meio do equilíbrio natural da cadeia alimentar), polinização, dispersão de sementes (que favorecem no reflorestamento orgânico de uma área vazia), regulação de fluxos de água (evitando inundações e secas), autodepuração de corpos d’água e como atenuantes de eventos climáticos e ambientais extremos.
Culturais: é obtido pelos benefícios obtidos através do contato direto que as pessoas têm com a natureza (flora e fauna). Os exemplos dados dessa classificação são principalmente dados pelo contato com a cultura indígena natural de ambientes ecossistêmicos não modificados e também pelas atividades como trilhas e rapel, proporcionadas em parques de conservação.
Subcategorias de suporte (funções ecossistêmicas):
produção de oxigênio atmosférico: que ocorre por meio do processo de fotossíntese realizado pelas plantas.
ciclagem de nutrientes: repondo às terras esgotadas e ao meio onde estão inseridos como um todo, nutrientes extremamente necessários para o funcionamento dos organismos e desenvolvimentos da plantas, como o nitrogênio, potássio, fósforo, carbono e enxofre.
retenção de solos: sendo o solo um recurso não renovável, mesmo que sua formação seja contínua, o tempo de formação muitas vezes não supre o montante perdido pelos processos de movimentos de massa, lixiviação e erosão, por exemplo, sendo então de suma importância para as atividades como a agropecuária que estes se mantenham.
ciclagem da água: participando e influenciando ativamente no ciclo da água e também na recarga de aquíferos!!
Serviços Ambientais
Na literatura, muitas vezes os serviços ecossistêmicos são relacionados com o conceito de serviços ambientais, mas este último conceito pode ser também associado às ações humanas que contribuem para a manutenção e recuperação dos serviços ecossistêmicos, como nas práticas conservacionistas associadas principalmente aos solos. A crescente discussão sobre a problemática, inserida principalmente no meio da agricultura e pecuária, revela a necessidade destes tipos de ações para que haja maior eficiência e sustentabilidade. Mas para isso é necessário que haja cada vez mais estudos pautados na valoração ambiental e sistematização, como o desenvolvido pela Embrapa, o "Portfólio Serviços Ambientais”.
Fontes:
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