O rio Tietê é de extrema importância para o estado de São Paulo e para o Sudeste brasileiro. Responsável por abastecer, de forma direta, quase 20 milhões de pessoas e por outras atividades como navegação, turismo, geração de energia e irrigação agrícola.
Durante a História, o Tietê foi fundamental para a conquista do interior brasileiro, já que era usado de acesso para áreas mais distantes do litoral. Foi decisivo para o grande desenvolvimento econômico de São Paulo, principalmente para a produção do café, pois suas águas eram utilizadas para irrigar as plantações cafeeiras.
Até a década de 1830 ele era uma grande hidrovia importante para o desenvolvimento do comércio local e regional. Já na década de 1930 foi usado para diversos esportes aquáticos, apesar de já estar poluído.
Com o passar do tempo o crescimento desenfreado das cidades e a geração exponencial de resíduos nos últimos três séculos o tornou o rio mais poluído do Brasil.
Todos os dias são despejadas na região metropolitana de São Paulo 480 toneladas de esgoto, resíduos e lixo. Estes que acompanham o trajeto do rio para o interior.
Em 2019 o Tietê apresentou uma mancha de poluição de 163 quilômetros, atravessando a capital paulista e a região. A qualidade da água nessa extensão, que varia de ruim a péssima, inviabiliza o uso para abastecimento público, irrigação para produção de alimentos, pesca, atividades de lazer, turismo, navegação e geração de energia.
Para muitos especialistas o rio é considerado um morto vivo, pois nasce límpido e depois que apodrece renasce à medida que se afasta da capital. Isso mostra como sua poluição está intimamente ligada ao despejo de resíduos e esgotos.
Por isso é necessário que todas as etapas que os resíduos domésticos, industriais e agropecuários gerem o menor impacto negativo possível.
Fonte:
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-o-rio-tiete-ficou-poluido/
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