A contaminação, degradação e poluição de áreas ambientais traz muito prejuízo para a saúde dos seres vivos. A remediação ambiental conta com técnicas como o bombeamento e tratamento de água feito em várias cidades brasileiras.
Para que se tenha um resultado satisfatório na recuperação do meio ambiente, a maioria das tecnologias utilizadas necessitam da ação do homem, todavia, a biorremediação não!
A biorremediação utiliza dos próprios microrganismos presentes na natureza para fazer essa recuperação. Apesar da contaminação agredir e matar a maioria dos seres habitantes, alguns ainda permanecem, e cientistas trabalhando em biotecnologia descobriram um grande potencial naqueles seres sobreviventes.
Nessa perspectiva, fungos, bactérias e algas permanecem no local contaminado, pois conseguem se alimentar dos compostos químicos e os transformar em compostos menos nocivos ao meio ambiente, entre eles gás carbônico e a água. Assim, cientistas e pesquisadores começaram a reproduzir e melhorar os microrganismos biologicamente, criando ambientes propícios para aumentar a eficácia do tratamento.
Ainda que a biorremediação seja uma técnica de baixo custo, sustentável e muito promissora, ela é um processo que ocorre lentamente e requer bastante estudo para que os cálculos de microrganismos não afetem negativamente a área degradada e ocorra um desequilíbrio do ecossistema.
No exterior a técnica já é mais presente do que no Brasil, mas atualmente estão sendo feitas muitas pesquisas nessa área para que num futuro próximo a biorremediação seja uma das técnicas mais utilizadas para a recuperação de áreas degradadas.
Um dos principais danos à natureza onde a sua recuperação é extremamente difícil é causado pelos vazamentos de petróleo. Um caso famoso e um dos mais graves da história é do navio petroleiro norte-americano Exxon Valdez, em 1989, que chocou-se contra um recife na costa do Alasca derramando 42 mil toneladas de petróleo no oceano.
A petrolífera decidiu utilizar da biorremediação para tentar amenizar os danos causados e distribuiu 48 toneladas de fertilizantes ao redor de toda a costa, visando aumentar naturalmente a população de bactérias que possuem a capacidade de degradar o petróleo.
Os resultados deram-se depois de 3 anos com a diminuição da área contaminada em 99% e a população bacteriana retornou aos níveis considerados normais antes do desastre.
Existem dois tipos de processos na biorremediação: o in-situ, onde a técnica é utilizada no local de degradação e o ex-situ que trata do material contaminado em outro lugar mais favorável à técnica.
A biorremediação possui grande importância ambiental por ser uma técnica biológica que não irá agredir o ecossistema, sendo completamente segura, além de poder atuar na recuperação de diversos tipos de áreas degradadas como tornar um solo fértil novamente para originar novas vidas.
Fontes:
O que é biorremediação?
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