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  • Foto do escritorGeoAmbiental Jr.

Descarte de resíduos sólidos na natureza



Resíduos sólidos são materiais obtidos por meio de um processo tecnológico ou doméstico, que não têm mais utilidade na fabricação de um produto. A gestão de resíduos refere-se ao processo de coleta, transporte, tratamento e armazenamento de resíduos sólidos. Quase todas as pessoas, famílias, instituições geram resíduos. Os resíduos sólidos são um dos mais variados: desde domésticos e biodegradáveis ​​até resíduos industriais e perigosos, lixo marinho, resíduos hospitalares, entulho, materiais de construção, resíduos líquidos, os conhecidos plásticos, metal e papel.

Os resíduos podem impactar o meio ambiente de várias maneiras – desde a forma como os resíduos sólidos são produzidos até a forma como são coletados e processados, todas essas etapas têm impacto no meio ambiente e na qualidade de vida. Os problemas ambientais causados pelo descarte dos resíduos sólidos são também de responsabilidades das empresas. Além disso, o descarte irregular desses resíduos sólidos a céu aberto têm sido uma questão avaliada há anos por diversas instituições e ONG’s que buscam formas para diminuir os impactos dessas ações no meio ambiente. Diante deste cenário, muitas empresas são frequentemente alertadas pelas autoridades sobre essa conscientização com relação a natureza e as atitudes da sociedade quanto aos produtos que jogam fora em locais incorretos.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 99% dos materiais que são comprados pelos cidadãos são jogados fora dentro de seis meses. E para acomodar os mais de 7, 6 bilhões de moradores do mundo e suprir o uso de recursos para absorver o lixo gerado, seria necessário 70% de outro planeta Terra. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, hoje um terço do lixo doméstico é composto por embalagens. Cerca de 80% delas são descartadas após usadas apenas uma vez, sem chances de uma reciclagem. Isto por sua vez, ajuda a superlotar os aterros e lixões pelo país, gerando a necessidade de novas áreas para depósitos desse e de outros resíduos.

Abaixo veja o tempo de decomposição dessas matérias-primas na natureza:

  • Papel – De 3 a 6 meses

  • Tecidos – De 6 meses a 1 ano

  • Metal – Mais de 100 anos

  • Alumínio – Mais de 200 anos

  • Plástico – Mais de 400 anos

  • Vidro – Mais de 1000 anos

No Brasil, de acordo com dados do Panorama da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas e Limpeza Pública e Resíduos Especiais) de 2018/2019, foram gerados 79 milhões de toneladas de resíduos. Desse montante, 92% foi coletado, por outro lado, cerca de 6,3 milhões de toneladas de resíduos não foram recolhidos junto aos locais de geração. Sendo que a destinação adequada em aterros sanitários recebeu apenas 59,5% dos resíduos sólidos urbanos coletados. E apesar da vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos, o setor ainda apresenta vários déficits consideráveis, principalmente em relação à coleta seletiva. Isto significa que as empresas precisam se conscientizar ainda mais sobre os deveres sociais que devem cumprir.

Na maioria dos casos, devido à falta de infraestrutura e gerenciamento adequados, muitos aterros acabam tendo um impacto negativo sobre o meio ambiente. Estes aterros alteram a paisagem e a qualidade do ar envolvente, poluem as águas superficiais e alteram a fertilidade e qualidade do solo.

Devido ao fato de as atividades humanas serem complexas e as fontes de poluição sólidos serem variadas, existem várias classificações de poluição:

  • Poluição do ar, a gestão inadequada de resíduos contribui para a poluição do ar e, portanto, para as mudanças climáticas. Os aterros sanitários liberam metano – um gás de efeito estufa muito forte que afeta a flora, a fauna e a saúde humana.

  • Poluição da água, a variedade de resíduos sólidos que chegam às águas do planeta é enorme – desde resíduos sólidos de embalagens até resíduos sólidos industriais. Eles contaminam a água potável, afetam espécies marinhas e todo o ecossistema subaquático. Resíduos sólidos armazenados ilegalmente são uma fonte de poluição para as águas subterrâneas.

  • Poluição visual, a má gestão de resíduos sólidos e a existência de aterros ilegais também são um fator de poluição visual para os residentes. Estas, além de emitirem gases perigosos e afetarem o ecossistema, também são feias.

  • Poluição sonora é um componente da poluição ambiental causada pelo ruído. Pode ser industrial (ruído produzido por fábricas e complexos industriais), residencial fixo (inclui ruído de áreas residenciais e industriais, bem como construção) e móvel (gerado por transporte público e aeroportos).

  • Poluição radioativa, os resíduos sólidos radioativos são muito perigosos e requerem condições especiais de armazenamento. Esse tipo de resíduo pode causar verdadeiros desastres naturais, afetando tanto a flora e a fauna quanto a saúde humana.

  • Poluição dos solos, o descarte de lixo industrial, doméstico e rural tem produtos químicos na sua composição que prejudicam o meio ambiente. A sua degradação produz o chorume, um líquido altamente tóxico e que causa séria contaminação da água e do solo ao vazar de depósitos não adequados sanitariamente. O solo sofre com consequências severas que podem torná-lo inviável no futuro para uso na construção civil e na produção agrícola, por exemplo, pela redução da fertilidade do solo, o que se traduz em menor potencial produtivo e, consequentemente, menor quantidade de alimentos disponíveis para consumo, além da perda de nutrientes essenciais para a produção alimentar e a manutenção do ecossistema, resultando em um solo árido e sem vida e o aumento do risco de erosão, tornando o solo sem utilidade e sujeito a acidentes que podem ser fatais.

 

Fontes:


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